domingo, 31 de janeiro de 2010

Projeto CORES!




Projeto Cores.

Bem, já houveram outros encontros, mas ontem foi a primeira ação, da qual eu particei, juntamente com o Grupo Gx [ Eduardo Veras, Ivo Rodrigues e Flávio].
Esse ano eu comecei bem diferente, com conceitos diferentes, estou disposto à fazer novas coisas. Aprendi duas coisas já esse ano com Eduardo Veras.
Primeiro foi ser sincero, falar coisas que cabem a mim nos momentos certos.
E agora, deixar o orgulho de lado, e fazer filantropia. Coisa que ano passado talvez eu abominasse. Nunca deixei que minha mãe desse minhas roupas velhas pra instituições ou mandasse para famílias pobres no interior. Pra mim, doar roupas, comidas e remédios seria algo inutil e resolveria momentâneamente o problema das pessoas mais necessitadas e cheguei até certo tempo, pensar que elas estariam pagando por algo que tenham feito no passado.
Mas depois fui abrindo minha mente, e é por que reclamo dos meus pais em dizer que eles tem uma cabeça dura , que  nada novo entra. E eu era justamente assim. Contraditório. E ontem, talvez foi a minha primeira ação filantrópica.
Não temos nenhuma razão pessoal e sim uma razão social, no começo eu fiquei meio tímido, não vou mentir que eu fiquei com medo de parecer ridículo no início. Mas depois da primeira pessoa que conversamos, tudo mudou. Vi o quanto é bom ajudar.
Depois veio o "flanelinha" que estava trabalhando, obviamente era morador de rua, e reparei que essas pessoas também tem um certo orgulho, mas vendo pela necessidade, ele no final aceitou ser ajudado, ainda nos chamou de "playboy" se fosse outros, perguntaria algo do tipo "Vocês são veados?". E vi quanta felicidade trouxe praquelas pessoas tão pobres, melhor dizendo, ser "pobre" pra elas, seria um luxo. Por que todo pobre tem condição de comprar sua alimentação, ter banho e um local pra dormir com teto e quatro paredes. Eles são miseráveis, moram na rua, não tomam banho, nem se quer comem por falta mesmo, e alguns quando a fome grita, eles procuram a comida que jogamos no lixo. E isso é uma triste realidade. E não vamos imaginar que isso só tem aqui em Fortaleza , nem No Ceará, nem só no Nordeste , nem só no Brasil, nem só na América do Sul, nem em todas as Américas... gente isso tem  no MUNDO INTEIRO, até no Canadá, em Londres, em Paris, em Tókio, em Wellington...
Por que eles não conseguem sair daquela vida? Será por que eles querem? Por que eles gostam ?
Não gente, é falta de oportunidade, falta de amor no mundo. A imposição que a sociedade coloca sobre as pessoas, fazendo com que elas sejam preconceituosa e tratem aquelas vidas como se fosse lixo, ou pior, com indiferença.
E EU ERA UMA DELAS!!!
Ontem, eu só vi 1/3 da realidade daquelas pessoas.
E pude, juntamente com todos, fazer um pouco, dar esperanças... Conversamos, rimos com eles... foi mais prazeroso do que ir pra uma boate, mais prazeroso do que curtir uma praia, em pleno ultimo sábado de Janeiro, eu poderia muito bem ter ficado em casa, estudando, fazendo bolo de chocolate , fumando, assistindo filme e comendo pipoca e comendo coca-cola solitáriamente com minha irmã. E ter passado uma noite com pessoas que precisavam da minha ajuda foi muito mais precioso pra mim.
E ainda sim, aquelas pessoas maravilhosas nos retribui com um sorriso, enquanto nós, muitas vezes não sorrimos nem pra pessoas que nós amamos. Ontem ouvi certa frase que fez transbordar o meu coração de esperança : "Quem sabe, amanhã vocês me verão de salto !?"
Nunca vou esquecer dessa experiência. Filantropia é viciante, e quero participar de todas as ações se possível. Ansiosíssimo pra próxima!

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