terça-feira, 17 de julho de 2012

Octógono circense



O dinheiro pode não comprar felicidade, mas deixa muita gente feliz e até modifica a verdade. Neste mês tivemos a "incrível" luta do Anderson Silva com o Chael Sonnen que não passou de pura encenação. Mas é claro que eles não fingiram golpes, só modificaram o resultado. Tudo começa com uma briguinha forjada através dos empresários dos mesmos, pra dar audiência uma luta entre o "malvado" que fala mal de todos e do país do adversário e o "bonzinho" que vence todas as lutas e é garoto propaganda de várias marcas pelo Brasil e pelo mundo e que ama o seu pais que por acaso é o Brasil, que no qual está praticamente "na moda". Brasil está na moda, mas para vestir a camisa. Acreditando nessa possibilidade, os produtores desse "verdadeiro espetáculo" foram além, não satisfeitos com apenas uma "briguinha" comercial para ganhar a atenção do público leigo ou não, ainda coreografaram toda a luta. Primeiro o bonzinho leva uns socos e é imobilizado pelo vilão terrível, no segundo round, o mocinho triunfa com chute e ponta pé, como nos filmes do Jean Claude Van Damme, tendo a sua vitória ovacionada por todos, até pelo país do adversário.
Como sabemos, o dinheiro implica em tudo, muitos patrocinadores e apostas rodeiam o evento de forma encoberta pra ninguém suspeitar, como se todos fossem burros. 
Não tenho nada contra a luta livre, pelo contrário, eu adoro, mas não consigo engolir tamanha farsa que me fez perder uma noite de sono e alguns minutos da minha vida, fora aguentar posts no facebook durante a semana inteira sobre essa palhaçada como se tudo fosse verídico. A única coisa de verdade que aconteceu ali foram os murros e chutes que cada um levou, mas que os dois já sabiam bem o resultado. Viram a cara de acoado que o Sonnen fez segundos antes de perder? Nada passou de um verdadeiro circo... de palhaços. E ainda teve gente que disse que foi uma "batalha épica", eu digo mais... Batalha... é... pica!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O espetacular Homem-Aranha.


Então, mais uma crítica de filme que merece ser sepultado na sessão da Tarde para nunca mais, "O espetacular Homem-Aranha" que não tem nada de espetacular. Na verdade é uma versão fajuta e mal resolvida da versão original. Muita mágoa e chororó durante o filme inteiro, no entanto, pelo menos sem muita enrolação com a  Gwen Stacy (Emma Stone), mas deixando muito a desejar em relação ao romantismo da versão original. Fora a falha imensa que é ele ter reservas de teias, deixando um ponto fraquíssimo no herói, o que não havia na primeira versão, onde o Homem-Aranha parecia mais "O invencível Homem-Aranha", suspeito que a proposta era humanizar o coitado para deixar o público mais próximo da realidade, acho... rsrsrs...


O novo Peter Parker (Andrew Garfield) é um gatinho, mas menos bobinho, usa lente de contato, anda de skate e não tem nenhum motivo para ser chacoteado pela galera da escola. Mas o filme pelo menos serviu para dar uma explicação plausível para o sumiço dos pais do Peter que quase ou talvez nunca foram mencionado nas outras versões. Os atores com uma interpetraçãozinha melancólica e sem sal. Muito sentimentalismo por todas as partes e diálogos extremamente desnecessários com cenas igualmente descartáveis. Tá mais pra filme de drama do que pra ação, a tal ponto que nem se cogita a possibilidade de achar o filme com a temática infantil.


Quanto aos efeitos em 3D, nada de fabuloso, o Lagarto é mais uma vítima de si mesmo que um vilão, sinceramente não gosto disso, prefiro os vilões do mal mesmo como o Duende Verde ou o Venom.
Filme com poucas cenas de ação, muita comemoraçãozinha só porque o personagem principal consegue andar soltando teias maquinada e não naturais como na primeira versão. Poucas acrobacias que arremetiam uma elasticidade incrível como no primeiro Homem-Aranha. Para sem bem franco, acho que não vale à pena ir ao cinema assistir, se quer alugar o filme em uma locadora... Melhor então esperar passar na Sessão da Tarde.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O que eu vi da... Igreja Universal do Reino de Deus.



A Igreja Universal do Reino de Deus é uma das organizações evangélicas mais polêmicas no Brasil, por levantar suspeitas e até mesmo "suspeitas descaradas" de enganar seus frequentadores. Muita gente tem preconceito com religiosos, ainda mais evangélicos e esse nível de preconceito se eleva quando o sujeito é frequentador e seguidor da Igreja Universal, muita gente diz que evangélico é fofoqueiro e que só aponta os defeitos alheios como se fossem santos ou que nunca tivessem feito isso na vida, pois agora são "Novas criaturas de Deus". Mas eliminando qualquer questionamento sobre a existência de Deus e comportamento dos evangélicos, será que uma entidade tão grandiosa quanto "Deus" permitiria tamanha farsa em uma Igreja que usasse o seu nome para se beneficiar financeiramente no quesito organizacional?
Os grandes templos, pomposos, cheios de tecnologia requer certos gastos provindos da doação dos fieis, mas será necessário realizar campanhas exploratórias onde os pastores e bispos pedem para que os fieis vendam os seus carros para darem em dinheiro como oferta da "Fogueira Santa de Israel"? O que se pode perceber durante as reuniões são obreiros vestidos de branco e obreiras vestindo jalecos como se fossem profissionais da saúde para curar qualquer problema espiritual de quem estiver presente no culto, um pastor que só fala em vida financeira e atores recebendo o "demônio" para avisar aos fieis que se eles não derem dinheiro pra igreja, estarão sendo infiéis com Deus e fazendo o gosto do "mal".
Tudo o que o pastor fala, pregando a palavra através de trechos da Bíblia vai de encontro com ofertas, sejam de 5 à 10 mil reais, sempre chamando atenção para empresários e comerciantes, por estes terem uma maior condição financeira de contribuir para toda aquela palhaçada. Eles tem até máquina para passar o cartão de crédito e pedem que a pessoa dê o carro pra igreja, deixando a chave do carro no altar ao término do culto. Em seguida do "grande sacudimento espiritual" aparece meia dúzia de mulheres, vejam bem, somente mulheres, encenando sempre com braços torcidos nas costas, cabelo no rosto e voz em "Gutural" afirmando serem o próprio demônio ou uma legião deles. Sendo que durante as cenas de exorcismo, o pastor pede para que o "demônio personificado" fale para o público que o altar está cheio de bençãos e que a vida dos mesmos irá mudar se participarem da campanha da Fogueira Santa, mas a "entidade maligna" sempre fala ao ouvido dos fieis que a Igreja está querendo roubar o pouco dinheiro que eles tem. Dessa forma, faz com que as pessoas que estão assistindo ao culto pensem que estão dando ouvidos ao demônio não participando da campanha e então participam só para não seguir as palavras diabólicas que saem da moça. O pastor logo após ter expulsado tal ou tais espíritos da mulher intrui a mesma para falar com alguma obreira e pedir orientações.
A Fogueira Santa é a campanha mais exploratória da Igreja Universal, pois através de trechos da Bíblia, onde os personagens se desfaziam de tudo o que tinham e Deus os recompensava com glória e prosperidade e daí a Igreja relaciona isto como a necessidade dos fieis se desfazerem de todos os compromissos para darem TUDO à igreja, o que é mais incrível é que as datas da Fogueira Santa são realizadas justamente em Julho e Dezembro, logo quando as pessoas tiram suas férias ou recebem o 13ª salário. O Pastor ainda incentiva a venderem seus carros, não pagar conta de luz, água ou telefone para dar o propósito no altar com a esperança de que tudo na sua vida das pessoas que fizerem isto vai mudar e que Deus recompensará em dobro.
O pastor ainda põe depoimentos fajutos onde os fieis dizem que na primeira campanha da Fogueira Santa, doaram 23 reais, e nada mudou, na segunda tentativa doaram 120 reais e na última doaram 10 mil reais e só assim tudo mudou.
Todos nós sabemos que para dar prosseguimento das obras na instituição é necessário sim muito dinheiro, para pagar aluguel, luz, salário dos pastores e bispos e etc. No entanto, é visível a exploração do dinheiro exigido pelo pastor que coloca de fora todos os que não participarem da campanha, diminuindo a fé dessas pessoas e muitas vezes pondo em prova a credibilidade da Igreja. O certo é não se enganar por esses fanfarrões que só querem sugar o sustento que já é insuficiente para a maioria dos frequentadores da Igreja Universal, provando que tais campanhas não mudam nenhum problema na vida de ninguém e muitas vezes faz é piorar e quando piora, o pastor fala que foi falta de Fé. Logo se pode concluir que não é o valor da oferta e sim a fé que você tem naquilo que você acredita, coisa que os pastores quase nunca falam, já que para a concepção destes, a felicidade gira em torno do dinheiro. É uma fórmula simples:
Os pastores afirmam ser felizes, eles pregam que o dinheiro é o motivo para a felicidade plena, logo eles tem dinheiro e o dinheiro vem de quem? Do carro que o pobre fiel vendeu, da conta de luz que a pobre aposentada deixou de pagar.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Comida de Pobre, comida gostosa.



Comida de Pobre? Não ! Comida de gente que dá duro o dia inteiro no trabalho pra ganhar um mísero salário no final do mês e que se vira pra se alimentar. Dentre esses pratos tão repugnados pela alta sociedade, podemos encontrar a sustância que mantém esses heróis do dia à dia em pé. Como já dizia o ditado: "Saco vazio não para em pé!".

Muita gente recrimina certos pratos por julgarem alimento de gente carente, mas que em dias corridos acaba por se deliciar com esses manjares que não são dos Deuses, mas que mata fome de muita gente. Quem nunca comeu um Baião de Dois com ovo frito na margarina? Quem nunca comeu Arroz com ovo? Quem nunca comeu pão com mortadela frita no óleo de soja? Quem nunca comeu fubá torrado com açúcar? Então, dependendo da região do leitor que ler esse texto, pelo menos um dos exemplos eu tenho certeza de que já experimentou. Logo lhes faço um questionamento... Se você estivesse com fome, preferiria uma barqueta de abobrinha com caviar ou um prato majestoso de omelete com queijo e presunto? Acredito que muita gente em sã consciência escolheria a segunda opção.

As pessoas sem condições não tem condições mesmo pra elaborar belos pratos com uma apresentação colorida ou técnicas da culinária avançada, não lhes faltam criatividade, visto que os mesmos fazem o maior rebuliço pra arranjar dinheiro e desse dinheiro tentar alimentar os filhos e ir dormir com fome. Farinha nunca foi sinônimo de pobreza, na antiguidade era rico quem possuía sacadas de farinha, não precisa ir tão longe na história, vejam os fazendeiros da era colonial brasileira que exibiam saquinhos transparentes como pingentes, cheios de farinha ou açúcar.

A sociedade determina que pratos com muita etnicidade são sinônimos de miséria, por aproveitar restos e transformar em refeições sustanciosas, excluindo qualquer possibilidade de encarar isso como técnica avançada da culinária, justificando que seria mais elaborado alimentar um caracol por duas semanas com ervas finas e depois jogá-lo numa panela de água quente, denominando isso como escargot. Na mais pura necessidade humana recorremos à insetos e plantas que jamais comeríamos, inserindo tal costume na cultura local durante várias gerações, como no caso dos vietnamitas que possuem gostos apurados para petiscos nada convencionais como escorpiões, rãs e besouros. Mas visando a nossa situação socieconômica do Brasil, podemos mesmo recriminar pratos julgando-os terríveis por serem consumidos pela baixa casta da sociedade contemporânea se baseando por indicadores mundiais da alta gastronomia, sem que antes tenhamos respaldo para isso, já que somos "alvos" de tais hábitos cotidianamente, cansados flagrar a nós mesmos enfiados num prato de feijoada com farinha de mandioca?