Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros

Um filme de terror, com cenas de ação fantásticas. Não é do tipo "violento" como se imagina à princípio, na verdade é só mais uma auto-afirmação americana de Hollywood do diretor Timur Bekmambetov que é do Cazaquistão, mas teve uma ideia sensacional que ganharia muitos números de bilheteria nos EUA, não pelo fato de Abraham Licoln ter sido um ótimo presidente como foi e nem pela estampa de sua foto nas notas de 5 dólares e moedas de 1 dólar, mas sim por tornar um ícone americano em herói. O filme faz algumas referências da guerra civil dos Estados Unidos da América, a Guerra da Secessão, entre o Norte o Sul e bem no meio dessa história de escravidão e liberdade em questão, percebe-se algumas das frases históricas pronunciadas pelo próprio presidente. O filme traz uma nova roupagem para o motivo da libertação dos escravos em todos os estados americanos, pelo simples fato de que um vampiro havia matado Nancy Lincoln (Robin McLeavy), mãe de Abraham (Benjamin Walker) quando ele era mais jovem e assim decidiu caçar tais feras e desta forma vingar a morte de sua querida mãe. Após conhecer seu mestre, Henry que dá toda a instrução necessária para encontrar e matar vampiros, ele sai numa caçada sem fim, até que encontra a fonte de alimento dos vampiros que se encontravam no Sul, eles se alimentavam dos escravos negros, por ser mais fácil dizimar os escravos negros já que a maior parte do pais era remunerada e livre, os donos das fazendas preferiam vendê-los para a morte e caso desaparecessem nem se quer procurar o paradeiro deles, os escravistas procuravam. Lincoln, que estudava direito e promovia a liberdade de todos para a melhoria do país em meio a guerra civil entre o Norte o Sul, entrou na política e após muitos anos e finalmente deu a liberdade aos escravos, fazendo com que os vampiros ficassem mais furiosos e vulneráveis com essa decisão, pois almejavam dominar o território americano somente com vampiros e futuramente a raça humana por completo. O filme, visto em 3D, garante cenas espetaculares, talvez um dos melhores filmes com efeitos 3D já produzidos até hoje, afinal, o filme custou 70 milhões de dólares... Algumas milhares de notas de 5 dólares. Os efeitos são mais impactantes principalmente nas cenas em que mostram a cor dos olhos dos vampiros, fora a luz e paz um tanto quanto primaveril nas cenas mais tranquilas, o que ninguém esperava exatamente, pois o que se espera de um filme vampiresco são muitas sombras e muita fumaça. Na história, o protagonista ainda encontra seu amigo de infância Will Johnson (Anthony Mackie) que era negro e teve sua liberdade concedida, grande apreciador de livros, se torna até amigo do atual melhor amigo de Lincoln, Joshua Speed (Jimmi Simpson), não demonstrando nenhum ciúme ou reprovação dessa amizade, apenas uma leve desconfiança. Linconl ainda se apaixona pela bela e futura primeira dama, Mary Todd Lincoln ( que também se chama Mary, Elizabeth Winstead) com quem tem um filho, muito educado e carinhoso e tem sua vida antecipada pela longa história de vingança do seu adorado pai, Abraham. Vale realmente a pena ver, porque o filme em si traz explicações bem exatas que não deixaria nenhuma lacuna aberta que desse vazão a outras sequências, porém, o diretor foi meio ambicioso ao final lembrando que vampiros são imortais, mostrando Henry no futuro (atual), talvez para ter um novo discípulo, que por sinal anda armado e que pode ser negro (Obama? Ninguém sabe qual a pretensão do diretor) o que não tem sentido na verdade, por se tratar da história de um presidente do passado e contar praticamente toda a sua vida, como também não faz sentido vampiros andarem de dia e morrer com balas de prata. Bem no final, o filme ainda especula a sexualidade de Lincoln, o que levanta muitas dúvidas até hoje, mas nessa ocasião uma provável relação homo-afetiva com um vampiro, seu mestre Henry Sturgess (Dominic Cooper). Uma boa produção, com hipóteses bem convincentes que revelam a lenda do Presidente mais enigmático da história dos Estados Unidos.
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