quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dois ótimos filmes que você não deve deixar de assistir antes de sair das telonas

O Legado Bourne




Um filme bom de ação não precisa exatamente de muitas explosões, sangue e pancadaria, na medida certa é o termo mais próximo que se encontra para representar essa mega produção, um verdadeiro e bom filme de ação. Até quem não acompanhou toda a trajetória de Bourne consegue entrar no clímax do filme literalmente. De início não apresenta nada que chame atenção, a não ser pela abertura, muito artística por sinal, com Aaron Cross ( Jeremy Renner) nadando no lago gelado sem a menor preocupação com os graus abaixo de zero lá fora, entre as montanhas, onde aos poucos o filme vai prendendo a atenção das pessoas, o coração vai batendo mais forte e quando todo mundo menos espera, o filme faz uma reviravolta emocionante, sentindo a mesma agonia da adorável Dr. Marta Shearing (Rachel Weisz), que sofre depois de escapar da morte e ver todos seus colegas de trabalho assassinados e todo mundo se comove com a situação em que ela se encontra. Marta se ver desesperada ao perceber que o governo quer fazer uma queima de arquivo, matando-a e modificando as provas para que sua morte parecesse suicídio, sendo que a mesma não tem nada a ver com o programa secreto, apenas fiscalizava, acompanhava a saúde e os progressos do programa Outcome fazendo um check up nos pacientes que eram agentes desse misterioso programa que manipulava a personalidade das pessoas e que a mesma já se questionava sobre a eticidade desse projeto. O filme basicamente fala sobre um programa secreto do governo americano, que através de um vírus, pode controlar e potencializar a força física e a capacidade mental dos agentes Outcome, porém, após Bourne ter mostrado ao público a falta de humanidade do governo americano, por manipular seus agentes de uma forma que eles perderam suas personalidades e características dissociativas entre o que é certo e o que é errado para apenas viver em função dos interesses dos EUA e de sua política suja, o próprio governo resolve apagar tudo o que comprometesse a sua reputação, eliminando todos os envolvidos. Uma pílula verde que aumenta o vigor físico e a resistência tornando seus "soldados imbatíveis" capazes de correr velozmente ou escalar prédios com uma facilidade inacreditável e uma pílula azul, que aumenta a capacidade mental,  trazendo mais inteligência e sagacidade aos super agentes. Porém tais pílulas tornam as "cobaias humanas" dependentes e Aaron precisa tomar as pílulas azuis, pois tem um QI muito abaixo dos seus adversários poderosos. O filme vai ganhando um enredo bacana, vai encorpando até que eles vão para Ásia buscar o tal vírus. O mais agradável é que não contém tantas cenas de explosões, batidas de carro e pulos de helicópteros, o que irrita muita gente, pois essas grandes produções hollywoodianas sempre tem uns 300 carros e caminhões explodindo durante o filme (muito anos 90, ultrapassado), como também não exageram nas acrobacias e tiroteios com balas que dão a volta ao mundo e chegam na cabeça do adversário como em "O procurado" da mesma direção, chega a ser até real e bem pensado, como também não tem tantas cenas melosas, o que torna o casal mais apaixonante e sincero. É um filme digno de ser visto, tanto que quem assiste quer assistir também ao resto da saga, pois "O legado Bourne" fecha diversas lacunas que ficaram em abertas nos últimos dois filmes. 




Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros





Um filme de terror, com cenas de ação fantásticas. Não é do tipo "violento" como se imagina à princípio, na verdade é só mais uma auto-afirmação americana de Hollywood do diretor Timur Bekmambetov que é do Cazaquistão, mas teve uma ideia sensacional que ganharia muitos números de bilheteria nos EUA, não pelo fato de Abraham Licoln ter sido um ótimo presidente como foi e nem pela estampa de sua foto nas notas de 5 dólares e moedas de 1 dólar, mas sim por tornar um ícone americano em herói. O filme faz algumas referências da guerra civil dos Estados Unidos da América, a Guerra da Secessão, entre o Norte o Sul e bem no meio dessa história de escravidão e liberdade em questão, percebe-se algumas das frases históricas pronunciadas pelo próprio presidente. O filme traz uma nova roupagem para o motivo da libertação dos escravos em todos os estados americanos, pelo simples fato de que um vampiro havia matado Nancy Lincoln (Robin McLeavy), mãe de Abraham (Benjamin Walker) quando ele era mais jovem e assim decidiu caçar tais feras e desta forma vingar a morte de sua querida mãe. Após conhecer seu mestre, Henry que dá toda a instrução necessária para encontrar e matar vampiros, ele sai numa caçada sem fim, até que encontra a fonte de alimento dos vampiros que se encontravam no Sul, eles se alimentavam dos escravos negros, por ser mais fácil dizimar os escravos negros já que a maior parte do pais era remunerada e livre, os donos das fazendas preferiam vendê-los para a morte e caso desaparecessem nem se quer procurar o paradeiro deles, os escravistas procuravam. Lincoln, que estudava direito e promovia a liberdade de todos para a melhoria do país em meio a guerra civil entre o Norte o Sul, entrou na política e após muitos anos e finalmente deu a liberdade aos escravos, fazendo com que os vampiros ficassem mais furiosos e vulneráveis com essa decisão, pois almejavam dominar o território americano somente com vampiros e futuramente a raça humana por completo. O filme, visto em 3D, garante cenas espetaculares, talvez um dos melhores filmes com efeitos 3D já produzidos até hoje, afinal, o filme custou 70 milhões de dólares... Algumas milhares de notas de 5 dólares. Os efeitos são mais impactantes principalmente nas cenas em que mostram a cor dos olhos dos vampiros, fora a luz e paz um tanto quanto primaveril nas cenas mais tranquilas, o que ninguém esperava exatamente, pois o que se espera de um filme vampiresco são muitas sombras e muita fumaça. Na história, o protagonista ainda encontra seu amigo de infância Will Johnson (Anthony Mackie) que era negro e teve sua liberdade concedida, grande apreciador de livros, se torna até amigo do atual melhor amigo de Lincoln, Joshua Speed (Jimmi Simpson), não demonstrando nenhum ciúme ou reprovação dessa amizade, apenas uma leve desconfiança. Linconl ainda se apaixona pela bela e futura primeira dama, Mary Todd Lincoln ( que também se chama Mary, Elizabeth Winstead) com quem tem um filho, muito educado e carinhoso e tem sua vida antecipada pela longa história de vingança do seu adorado pai, Abraham. Vale realmente a pena ver, porque o filme em si traz explicações bem exatas que não deixaria nenhuma lacuna aberta que desse vazão a outras sequências, porém, o diretor foi meio ambicioso ao final lembrando que vampiros são imortais, mostrando Henry no futuro (atual), talvez para ter um novo discípulo, que por sinal anda armado e que pode ser negro (Obama? Ninguém sabe qual a pretensão do diretor)  o que não tem sentido na verdade, por se tratar da história de um presidente do passado e contar praticamente toda a sua vida, como também não faz sentido vampiros andarem de dia e morrer com balas de prata.  Bem no final, o filme ainda especula a sexualidade de Lincoln, o que levanta muitas dúvidas até hoje, mas nessa ocasião uma provável relação homo-afetiva com um vampiro, seu mestre Henry Sturgess (Dominic Cooper). Uma boa produção, com hipóteses bem convincentes que revelam a lenda do Presidente mais enigmático da história dos Estados Unidos. 

















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